Junho 2, 2011 por casadecamilo
No âmbito das comemorações dos 200 anos do lançamento da última pedra do Templo do Bom Jesus do Monte, a Confraria do Bom Jesus do Monte abriu ao público a exposição ‘Mulheres de Camilo’, dedicada a Camilo Castelo Branco, escritor português consagrado do século XIX. A inauguração assinalou também o dia da morte do “maior novelista e romantista português do século XIX”, como refere José Carlos Peixoto, mesário da Confraria do Bom Jesus do Monte.
Albergada no Centro de Exposições Cónego Cândido Pedrosa, situado no andar superior da Casa das Estampas, a exposição reflecte também a “ligação forte que Camilo tinha com a estância do Bom Jesus”, referiu João Varanda, responsável da Confraria do Bom Jesus do Monte, recordando a narrativa camiliana intitulada ‘No Bom Jesus do Monte’.
O responsável apelou a Armindo Costa, presidente da Câmara Municipal de Famalicão, a trazer a rota camiliana ao Bom Jesus. João Varanda anunciou ainda a organização do ‘Primeiro Congresso Luso-brasileiro do Barroco’ em Outubro, bem como a assinatura de um protocolo com a Fundação Dr. António Cupertino de Miranda a 24 de Julho para a realização do ‘Seminário sobre o Barroco’.
Recordando os 121 anos do falecimento de Camilo Castelo Branco, o director da Casa-Museu de Camilo Castelo Branco em S. Miguel de Seide, salientou que terá sido no Bom Jesus do Monte que Ana Plácido “cedeu aos encantos de Camilo”.
Marcando presença em 30 cidades, a exposição itinerante ‘Mulheres de Camilo’ nasceu em 1995, estreando-se nas instalações da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda. Armindo Costa, presidente da Câmara Municipal de Famalicão, realçou a importância da exposição para quem “lê, estuda, admira Camilo”, concorde ou discorde da sua vida.
Victor Sousa, vice-presidente da Câmara Municipal de Braga, frisou o estreitamento das relações dentro do ‘Quadrilátero Urbano’, programa estratégico de cooperação que esteve na génese da organização da iniciativa, procurando “enaltecer os valores da região” através de uma exposição que procura encantar o público.
D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, referiu que Camilo encontrou o “silêncio e a oportunidade de reflectir” na estância do Bom Jesus, constituindo um exemplo para a “sociedade apressada e débil” que esquece a importância do diálogo com os outros e em especial com as crianças, no Dia Mundial da Criança.
A exposição fica patente no Bom Jesus até Outubro.
Fonte: Correio do Minho, 02-06-2011
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